Estava-se no Ano de 1957, quando um grupo de notáveis de Setúbal liderados pelos Senhores José Luís Novais, José Duarte e Veríssimo de Carvalho entre outros, também simpatizantes de outros emblemas locais, deram vida ao projeto há tanto falado e discutido.

A criação da Associação de Andebol para a cidade, contando ainda com o apoio incondicional dos clubes: Vitoria Futebol Clube, Naval Setubalense, Clube os 13, Clube de Andebol os Sadinos e União de Palhavã de Setúbal, Comércio Industria, desta maneira, nasceu a Associação de Andebol de Setúbal, que é uma Associação Civil, fundada em Setembro do Ano de 1957, por tempo indeterminado e com um número ilimitado de membros.

Sem finalidade lucrativa ou económica, teve a sua fundação na cidade de Setúbal, sempre foi membro da Federação de Andebol de Portugal e tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento da prática do andebol, tendo sempre presente, o aperfeiçoamento e o progresso da modalidade.

Tem como principais ações a:

  • Integração da população em geral, clubes, jogadores, professores, técnicos, árbitros e todos os demais agentes desportivos, inerentes ao desporto e à modalidade.
  • Intercâmbio a nível local, regional, nacional, de, ou com instituições e clubes interessados.
  • Incentivos de qualquer natureza, quer visem a formação dos intervenientes directos ou dos Agentes Desportivos. 

Em 14 de outubro do mesmo ano da sua fundação, teve lugar nas instalações do Vitória Futebol Clube, a primeira Assembleia-geral extraordinária para apresentação, apreciação e aprovação do Projeto de Estatutos.

Numa segunda fase de existência desta Associação, já situada na Praça do Bocage, Travessa do Jornal com outros elementos ao seu leme, onde se destacam, Amílcar Correia, Raul Matos e Fernando Zona. 

A Associação continuava ligada ao seu compromisso, virada para a população com um papel de largo relevo e desempenho no Movimento Associativo, tendo levado a cabo com algumas entidades locais, regionais e internacionais, encontros culturais e desportivos, nunca se desenraizando do Movimento Associativo da margem Sul, sempre forte, coeso e estável.

Conseguiu assim, desenvolver a modalidade, não só na Cidade, como nos centros menos urbanos e menos populacionais.

Mais tarde, já nas instalações da Mariano Gago, a Associação viveu o período mais negro da sua existência, com o degradar do poder económico das populações, do desemprego e da falta de acompanhamento das camadas mais jovens, levando a que o andebol na cidade de Setúbal e no Distrito começasse a ter carências de toda a ordem, a formação ia desaparecendo, o número de praticantes baixando drasticamente, passando para metade.

Os clubes foram desaparecendo, o próprio Vitória Futebol Clube começava a ter dificuldades de vária ordem, os elementos que estão a acompanhar a modalidade na altura, também se sentiram apanhados na onda de descrença, de solidão e, porque não dizê-lo, de pobreza reinante.

De um momento para o outro, tudo ruiu.

O andebol em Setúbal viveu na altura, uma luta desesperada, luta pela sobrevivência.

Os Dirigentes sentiam-se impotentes e baixaram os braços, deixam de lutar. Refugiaram-se, é o termo exato.

Desta forma, O Comércio Indústria, Scalipus, Naval Setubalense, 13 de Setúbal, os Sadinos, União de Palhavã, Rodrigues Lobo, Palmeiras do Montijo, Quinta do Anjo de Palmela, Quinta do Conde de Sesimbra, Independente de Setúbal, todos deixaram de ter andebol.

Uns deram lugar a outros, mas a perda é sempre irreparável (embora seja substituível) e, nem sempre é verdade, que uns vão e outros vêm. 

No princípio do ano de 2001, gerou-se um movimento de clubes no distrito, numa tentativa de constituir os corpos sociais para a Associação de Andebol de Setúbal e salvaguardar o Andebol e o pedaço do Movimento Associativo que o Andebol agarra, conserva, prende e conduz, para sítios confortáveis, de convívio e bem-estar.

Tudo havia para resolver, não havia Instalações, as que havia estavam inabitáveis, sem água, sem luz, sem esgotos, como se depreende em termos de utilização era impossível ocupar o espaço. Sem instalações, sem espaço para poder estar ou trabalhar, sem material, sem telefone, não existia completamente nada, só os voluntários para reerguer a Associação, com a sua disponibilidade e vontade para trabalhar.

De salientar, que a Câmara Municipal do Seixal conhecedora do problema que afetava a Associação, desde a primeira hora se disponibilizou a pôr à disposição da nossa Associação, instalações sitas no Pavilhão Municipal do Alto do Moinho, telefone, água, luz, cedendo o material de escritório e tudo o que fosse necessário para desenvolver a atividade.

Presentemente e desde já algum tempo, a Associação labora no Centro de Recursos do Movimento Associativo, na Rua da Quinta Nossa Senhora Monte Sião 1 na Torre da Marinha, instalações cedidas também pela Câmara Municipal do Seixal

O trabalho foi-se desenvolvendo e promovendo a formação desportiva de jovens do distrito, em colaboração com as escolas, com os clubes com a Federação e as diversas autarquias do distrito.

De referir que o desenvolvimento sustentado da modalidade em toda a Região do Distrito de Setúbal só tem sido possível graças ao esforço e trabalho conjugado da Associação e demais Agentes desportivos, Autarquias, entidades públicas e privadas.

Resta-nos, o grato prazer, da responsabilidade da Gestão do Andebol do Distrito de Setúbal que, ficando por nossa conta e risco e a gestão de um território com 13 municípios e um enorme potencial. 

Neste momento (2020) estão em atividade as seguintes equipas:

Clubes Indoor:

Concelho do Seixal – CCR Alto do Moinho, CSS Pinhal de Frades, IFC Torrense, e GDCR Qtª da Princesa;

Concelho de Almada – GDR Quinta Nova;

Concelho de Sesimbra – CDE Boa Água;

Concelho de Setúbal – GMD União e Progresso e Vitória FC;

Concelho de Sines – AC Sines.

Na época de 2018/2019 e por decisão federativa juntaram-se a esta Associação as únicas equipas do Distrito de Évora: o Évora Andebol Clube e o Núcleo de Andebol do Redondo.

Clubes de Andebol de Praia

CD Los Primos 2020 (Andebol de Praia)

Clubes de Andebol em Cadeiras de Rodas (Cadeiras de Rodas)

 IFC Torrense e Clube Naval Setubalense/União Desportiva para a Inclusão;

Clubes de Andebol para a Deficiência Intelectual:

IFC Torrense e Clube Naval Setubalense/União Desportiva para a Inclusão;

Andebol para Cidadãos privados de Liberdade:

EP Pinheiro da Cruz, EP Setúbal e EP Montijo.

Nos diversos escalões, e vertentes, estes clubes envolvem cerca de mil atletas e centenas de dirigentes.

Funciona também no seio desta Associação, desde 2018, o Centro de Treinos Sul, para deteção de talentos para as Seleções Nacionais Masculinas e Femininas.

Partilhar