Paulo Jorge Pereira Renova. Contrato no Início da Preparação Olímpica.

A Federação de Andebol de Portugal, através do seu presidente, Miguel Laranjeiro anunciou o prolongamento do contrato do selecionador nacional, Paulo Jorge Pereira, por mais dois anos. Desta forma, o timoneiro dos nossos heróis do mar, vinculou-se à seleção nacional até 2023. Os êxitos têm-se seguido uns atrás dos outros, senão recorde-se que foi com Paulo Pereira, que em primeira instância voltamos às fases finais das grandes competições. Interrompendo um hiato de 16 anos e a seleção nacional apurou-se para a fase final do Europeu 2020, na Suécia, Noruega e na Áustria. Aí, onde a grande maioria das pessoas, onde também me incluo, pensaria que no grupo em que estávamos (França, Noruega e Bósnia Herzegovina), a apurar dois, voltaríamos para casa, no final da primeira fase, não foi assim a história. Não só não aconteceu isso, como depois de uma muito boa segunda fase, acabamos por ficar até ao fim, jogando o jogo de atribuição do 5º lugar, frente à Alemanha, e cheio de orgulho digo, pude que assistir ao vivo, em Estocolmo. Tivesse sido a segunda fase excelente, nomeadamente nos jogos frente à Islândia e à Eslovénia e estaríamos aqui a relatar possivelmente uma medalha conquistada! Tão bom ou melhor do que o excelente 6º lugar conquistado, foi a possibilidade de nos apurarmos para os jogos olímpicos, jogando pela primeira vez na história o pré-olímpico. Com o aparecimento da pandemia esse sonho olímpico foi adiado, para 2021.Chegados ao campeonato do mundo, em janeiro deste ano, novamente o Paulo Pereira colocou a fasquia alta, pois desde a primeira hora entende e faz entender, em primeira instância quem mais diretamente com ele trabalha, mas estou certo também, toda a gente que acompanha o andebol em Portugal, que a principal barreira somos nós próprios e a nossa cabeça. Assim, depois de um muito bom campeonato do mundo, onde somente estivemos abaixo do nosso nível no jogo frente à França, que, dessa forma, terminou com o sonho de poder chegar mais além. Ainda assim, alcançamos também a melhor classificação de sempre num mundial, o 10º lugar. Como depois da história, história vem, em março deste ano, e depois do choque geral no desporto português e do andebol em particular, com o muito recente desaparecimento do Alfredo Quintana, o feito maior foi conseguido, com o concretizar do sonho olímpico do andebol português. E de que forma! Com todo um “enredo shakespeareano”, onde da tão recente tragédia, rapidamente se passou à glória, com alto e baixos nos jogos frente à Tunísia e Croácia, mas que, no decisivo jogo frente à França, jogado em Montpellier, com o roubo de bola e inesquecível golo do Rui Silva, a 3 segundos do fim, com o/a braço/mão direita, onde dias antes perpetuava a sua ligação ao Alfredo Quintana. Arrepia, só de recordar! Se o quiserem fazer, aqui relato, na primeira pessoa. Os Sonhos Concretizam-se Os dias seguintes a este feito histórico foram, para toda a gente com alguma ligação ao andebol de enorme orgulho, pois a modalidade nunca havia sido, em Portugal, tão falada. Para mim, muito desse sucesso recente do andebol português, obviamente associado a muitas mais variáveis conjugadas, tem um nome: Paulo Jorge Pereira. O seu discurso motivador, para dentro e para fora, o assumirmo-nos capazes de vencer seja quem for, mas obviamente respeitando todos, terão sido chaves. Obviamente que, se não tivéssemos um excelente lote de jogadores, com uma mescla de experiência e irreverência da juventude, uma equipa técnica alargada “atrás” do Paulo Pereira, que o assessoram nas diferentes áreas da melhor maneira e uma direção da Federação que acreditou ser possível fazer mais e melhor, criando as melhores condições para que estes sucessos se contruam, todo o trabalho, empenho, seriedade, experiência e discurso do Paulo Pereira não teriam levado, estou certo, a este excelente resultado e ao orgulho de alguém em Portugal neste momento dizer: “Eu sou do Andebol”. Obrigado Paulo. Inicio da Preparação Olímpica. Na Nazaré desde ontem, os vinte selecionados para a histórica preparação olímpica sabem que têm a missão, em primeira instância de convencer a equipa técnica, pois destes vinte, cinco deles não seguirão viagem para Tóquio. No percurso de preparação, na próxima sexta-feira, 2 de julho, mediremos forças com o Brasil, às 12:00 horas. Depois, retoma-se o estágio a norte, mais concretamente em Melgaço, onde Portugal jogará duas vezes com a seleção Espanhola. A primeira, a 8 de junho, às 18:00 horas em Caminha e a segunda, dia de 10 de julho, às 17:00 do lado de lá da fronteira, em Vigo. Todos estes 3 jogos terão transmissão televisiva no canal 11.Por último, de novo na Nazaré, para a última fase da preparação e o anúncio dos 14+1 para Tóquio, previsto para 16 de julho, com partida rumo ao “sol nascente” no dia seguinte.

Com a devida autorização.